21/09/2017

A remuneração do trabalho pastoral

Imagem: Reprodução. 

     Pastor é um líder que lidera uma igreja evangélica. É dele a responsabilidade pelo pleno funcionamento da instituição, bem como pelo aconselhamento dado aos fiéis. Pelo fato de ser um cargo que exige grande dedicação, o trabalho pastoral deve ser remunerado. 
     Pastor (ou pastora) é aquele que lidera uma igreja evangélica, é o cargo máximo dentro de uma organização religiosa. Há igrejas, como as Assembleias de Deus, em que há o cargo de pastor-presidente, aquele que lidera as congregações que fazem parte de um mesmo campo. É de inteira responsabilidade do pastor o pleno funcionamento da congregação. Ele não faz tudo sozinho, mas tudo o que acontece dentro da igreja precisa ter o seu consentimento, ficando sob sua responsabilidade. Isso engloba todos as atividades da igreja: departamento de crianças, adolescentes, jovens, senhoras, ministério de louvor e cultos por exemplo. Além disso, um pastor tem que ter um conhecimento mais que profundo da Bíblia para que só assim ele esteja apto para aconselhar e advertir os fiéis. 
     Pelo pouco que foi exposto acima, se pode perceber que o cargo de pastor exige muita dedicação. Ser pastor vai muito além de delegar ordens e sentar em uma cadeira (que em alguns casos se assemelha a um trono) nos cultos. Se esta é a sua concepção de pastor, você está redondamente enganado. Ser pastor significa ser o primeiro em qualquer atividade dentro da igreja e isso exige dedicação. Além disso, um pastor tem que ter sabedoria para aconselhar as ovelhas e isso exige um conhecimento profundo da Bíblia. Além da leitura da Bíblia, o conhecimento deste livro é alcançado também por meio de cursos de Teologia. Acredito que para ser pastor tem que ter no mínimo a formação básica e avançada em Teologia. Se tiver graduação na área, melhor ainda. Passou-se o tempo em que uma pessoa, para chegar ao pastorado, não era exigido cursos formais de formação bíblica. Na verdade, este tempo nunca deveria ter existido. 

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     A Bíblia diz que os sinais seguirão todo aquele que crê, completando que em nome de Jesus demônios serão expulsos, os crentes falarão novas línguas e se impor as mãos sobre os doentes, os mesmos serão curados. A Bíblia assegura também que se pegarem em serpentes e beberem alguma coisa mortífera acidentalmente, nenhum mal ocorrerá (Marcos 16: 17-18). Um pastor deve constantemente orar e até jejuar pedindo revestimento de poder a fim de que tais sinais o sigam. Isso porque um pastor é constantemente chamado para orar por um enfermo e/ou expulsar um demônio por exemplo e ele tem de estar preparado para isso. Os sinais e prodígios devem fazer parte do cotidiano de qualquer cristão, principalmente quando este cristão é um pastor. 
     Todas as atividades aqui citadas que devem ser feitas por um pastor exigem trabalho e dedicação e se ele puder se dedicar exclusivamente a isso, melhor ainda. A Bíblia fala que o trabalhador é digno do seu salário (I Timóteo 5: 18) e isso significa que aquele que dedica sua vida ao Evangelho deve ser sustentado por isso (I Coríntios 9: 7-14). Esta questão é polêmica, embora a Bíblia seja clara quanto a este assunto. Isso porque pessoas que vivem do Evangelho possuem uma vida de luxo, com direito a carros importados, jatinhos, helicópteros, residências de luxo situadas em bairros nobres e por aí vai. Estas mesmas pessoas costumam cobrar cachês astronômicos para irem nas igrejas e cruzadas evangelísticas. Além do cachê, tais pessoas exigem hotéis cinco estrelas, carro privativo e outro para a banda, camarim com centenas de toalhas brancas e frutas da estação. Parece uma lista de exigências de cantores popstar, mas não é. Não é errado viver do Evangelho: errado é viver uma vida de luxo usando o Evangelho para este fim. Além disso, nada deve ser forçado. Se uma pessoa não quer viver do Evangelho, ela não deve ser obrigada a tal. Porém, se ela assim deseja, deve ser amparada em tal coisa. 

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     Além da remuneração do trabalhador do Evangelho, em especial aquele que exerce o pastorado, foco deste texto, sou também a favor de férias ministeriais. São férias onde a pessoa fica por volta de um mês afastada dos trabalhos religiosos. Estas férias são extremamente importantes, principalmente para pessoas que exercem tão extenuante trabalho. Além disso, o cargo de líder religioso está entre as profissões que mais causam estresse. Outras profissões que podem levar ao estresse são: médicos, professores, engenheiros, operário, gerente financeiro e coordenador de Recursos Humanos por exemplo. A reportagem completa pode ser lida aqui. Um estudo anterior havia mostrado que a rotina de pastores aponta para altos índices de depressão. Segundo relatório da Clergy Health Initiative (CHI), os pastores com depressão chegaram a 8,7 % do total de entrevistados e os casos de ansiedade a 11,1 %. A média das demais profissões é de 5,5 %. As férias ministeriais são uma necessidade a fim de preservar a vida daqueles que vivem do Evangelho. 

Conclusão

     O trabalho pastoral deve ser remunerado para que todo pastor (ou pastora) possa fazer tal com total dedicação, algo que o ofício em questão exige. Entretanto, se uma pessoa não quer viver totalmente do Evangelho, ela não deve ser obrigada a tal coisa. Além de receber pelo trabalho, um líder religioso deve tirar férias regulares para que a sua saúde, principalmente a mental, seja preservada, evitando a depressão e a ansiedade. 

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