15/04/2011

Titanic: Muito luxo, pouca segurança

           Hoje, para ser mais específico, as 02h :20 faz 99 anos que o até então maior navio transatlântico do mundo mergulha nas profundezas do oceano atlântico vitimado por um grande iceberg.O Titanic era o maior navio da época e o luxo e comprimento foram as suas características mais marcantes.
   Existem muitos livros e filmes que relatam a história desse inafundável transatlântico. Vale lembrar que todos essas obras são obras de ficção, ficção contada em cima da realidade. Mas sem sombra de dúvida a obra mais conhecida é o filme Titanic estrelado por Leonardo Di Caprio e dirigido por James Cameron. O objetivo de James ao 'romantizar' a obra foi chamar a atenção do público para uma história real, mesmo baseada em personagens fictícios. E, devemos reconhecer que este conseguiu tal façanha pois o filme foi recorde de bilheteria, façanha até então da saga Star Wars. E não para por aí: Junto de Ben-Hur (1953) e O Senhor dos Anéis : O retorno do Rei (2003) Titanic é o filme mais premiado da história do Oscar, com 11 estatuetas ganhas e isso sem contar que é o filme com mais indicações da história da maior premiação do cimena, com 14 indicações, acompanhado de A Malvada (1950). Vale lembrar também que a cena em que a Rose abre os braços e tem a sensação de que está voando e o beijo logo em seguida desta cena foi também imortalizado na história do cinema.
          O objetivo aqui não é listar uma porção de informações técnicas sobre o navio em questão ou até mesmo listar as façanhas com o filme de James Cameron. Realmente a história do Titanic é interessante e envolvente e se você jogar no Google, vai achar tudo o que você quer e mais um pouco. O objetivo aqui é desenvolver o censo crítico em cima do fato quase centenário para que coisas do tipo não voltem mais a ocorrer. Existem várias causas que contribuíram para o naufrágio do navio além do óbvio icerberg. A mais conhecida é a famosa resposta do construtor do navio dada a resposta de uma jornalista feita baseada na seguinte pergunta: "O que o Senhor tem a dizer para a imprensa concercente a segurança do seu navio?" .Com um tom irônico o construtor deu a seguinte resposta: "Nem Deus poderá afundar meu navio." Questões religiosas  a parte, há ainda muitas causas que contribuíram para o naufrágio do navio.Para cada determinado número de pessoas, existe um determinado número de botes e essa exigência, exigência essa que pode ter a vida como preço e por sinal teve muitas vidas como preço não foi atendida. Isso porque os construtores do navio acreditavam que o 'elevado' número de botes comprometeria a beleza do navio (Muito luxo, pouca segurança), até porque tantos botes, já que o navio é inafundável ? Não se deve esquecer que os vigias noturnos deveriam ter em maõs binóculos, mas como estes não foram entregues a tempo, os vigias tiveram que trabalhar com a vista sem defesa.Se os binóculos tivessem em mãos...Aliás,eles não precisam ser usados pois se sabiam de icebergs pelo caminho, mas como os responsáveis pela retransmissão de mensagens não podiam repassar 'mensagens não essenciais', tal aviso foi ignorado.
             Dois fatos curiosos que mecerem destaque aqui são o de um livro publicado por Morgan Robertson 14 anos antes do naufrágio. A obra de Morgan intitulada Futility, or the Wreck of the Titan trata de um navio extremamente luxuoso e classificado como inafundável.Porém,em uma noite fria de abril o navio se choaca com um iceberg e afunda, matando muitas pessoas. O número de pessoas mortas e as muitas caracteríticas do navio fictício coincidem com o Titanic e por conta disso muitos acreditam que a obra de Robertson foi uma premonição, enquanto outros acreditam ser uma arrepiante coincidência. Outro fato curioso é que durante o choque com o iceberg e o consequente naufrágio os passageiros da classe menos abastada foram mantidos em seus locais, enquando a alta sociedade era socorrida. Alguns da classe menos favorecida encontraram uma passagem para sair do navio, mas outros não tiveram o mesmo destino.Vale aqui lembrar que esse pensamento era comum na época.
              Premonições a parte, a lição que fica é que a segurança deve ser rigidamente cumprida e que está acima de qualquer luxo.Fica também a lição de que todos os homens são iguais e merecem igual tratamento e que estes mesmos homens não devem ser excessivamente auto-confiantes. Para quem acredita, fica também a lição de que o homem lá de cima nunca deve ser desafiado e que Ele não divide a Sua glória com ninguém.Ele deve ser respeitado e reverenciado e para quem não acredita em tal o respeito a Ele também vale.

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