Marina de Oliveira em encarte do CD Coração Adorador (1999). Imagem: Reprodução. |
Por muito tempo, ela era considerada (talvez ainda seja) uma cantora péssima que só lançava CDs porque seus pais eram donos da MK Music. Além disso, ela era acusada de "estragar" o grupo Voices, uma vez que as integrantes cantam bem e ela supostamente não teria o mesmo talento. Entretanto, depois que passei a ouvir suas músicas e atentar para a sua extensão vocal e, é claro, estudar sua vida, minha opinião em torno de Marina de Oliveira mudou completamente.
Acho que a primeira vez que ouvi falar em Marina de Oliveira foi quando fui no Canta Zona Sul, em 2004. Nesse dia, estavam vários cantores de renome como Fernanda Brum, Novo Som, Oficina G3 e o grupo Voices. Marina de Oliveira estava presente e eu vi a apresentação dela. Eu e o pessoal da igreja achamos ela "estranha". Nos anos seguintes, eu passei a acompanhar Marina de Oliveira e as músicas evangélicas que eram lançadas no momento. Eu considerava a Marina uma mulher sem talento musical e que a todo instante cortava o cabelo de um jeito diferente (se você analisar os CDs de Marina de Oliveira, bem como os vídeos dela em diferentes épocas, verá que em todos eles ela está com um cabelo diferente). Na minha visão, a única explicação que fazia ela continuar gravando CDs era o fato dela ser filha dos donos da MK Music.
A minha opinião que até então tinha a respeito de Marina de Oliveira era compartilhada por muitas pessoas. Percebia isso quando falava dela com alguns amigos cristãos, quando lia os comentários dos vídeos dela no Youtube ou quando visitava sites de humor cristão e/ou voltado para a música gospel. Minha opinião em torno de Marina foi mudando na medida que ia ouvindo suas músicas. Ouvindo seus primeiros CDs, percebi a sua bela e doce voz. Como já conhecia algumas de suas músicas atuais, percebi a diferença. Particularmente, acho que ela deveria continuar cantando no estilo de seus primeiros CDs, pois com o passar do tempo ela foi adotando estilos de música que não valorizam a sua potência vocal. Mesmo cantando bem e tendo músicas de sucesso no currículo, Marina de Oliveira nunca ganhou individualmente discos de ouro, platina ou diamante. Os que ela ganhou foram junto com grupo Voices (2 discos de ouro), a coleção Geração de Adoradores (3 discos de ouro) e a coleção Amo Você (4 discos de ouro). O fato de Marina de Oliveira nunca ter sido premiada individualmente com premiações aqui citadas não faz dela uma cantora sem talento. Há muitos cantores mundo afora de muito talento que nunca foram premiados individual ou coletivamente com discos de ouro, platina ou diamante. Indo mais além, há no mundo inúmeros cantores muito talentosos que nunca nem chegaram ao estrelato. Ao longo de seu ministério, Marina de Oliveira já foi indicada nove vezes ao extinto Troféu Talento e ganhou três vezes (em 1995, 2001 e 2003), ganhou o Troféu Achou Gospel em 2010 e foi indicada duas vezes ao Grammy Latino (em 2009 e em 2010), vencendo em 2010.
O primeiro disco de Marina de Oliveira foi Imenso Amor (1986), cujo hit foi o dançante Faça um Teste. Com este disco, Marina marcou época e, como a mesma já disse, foi ousada e pagou o preço. Quando Marina de Oliveira surgiu no cenário musical gospel, os cantores cristãos eram sóbrios no vestir e contidos em suas gesticulações. Marina chegou e rompeu com isso. Quem já viu uma apresentação de Marina de Oliveira, sabe que ela é expansiva e se movimenta o tempo todo. Além disso, foi graças a Marina, que introduziu a dança dentro da igreja, que as coreografias são comuns em muitas denominações cristãs. É importante ressaltar que quando Marina de Oliveira adentrou a cena musical gospel, nos anos 1980, este mesmo gênero estava vivendo um momento de profundas transformações. Estas transformações contaram com a ajuda de grupos como Novo Som, Oficina G3, banda Catedral e Rebanhão por exemplo. Estes grupos inovaram ao usarem instrumentos musicais até então proibidos dentro das igrejas e mudaram para sempre o jeito de fazer música gospel no Brasil.
Como já dito no parágrafo anterior, foi Marina de Oliveira quem introduziu a dança dentro da igreja. No videoclipe Procure Por Mim na Glória, colocado neste texto, ela praticamente dança do começo ao fim. Se ainda hoje o modo como Marina dança e se expressa no clipe causa espanto, imagina então como deveria ser nos anos 1980 e começo dos anos 1990. O clipe em questão tem uma pegada cômica e descontraída, onde Marina usa milhares de figurinos e perucas diferentes. À primeira vista, uma pessoa pode achar tudo sem nexo, mas o clipe e a música seguem em perfeita sintonia. Procure Por Mim na Glória é uma música que fala sobre a vida no porvir e, ao trocar de figurinos e perucas enquanto canta, Marina de Oliveira está dizendo que no céu todos, independente de cor, raça, gênero ou etnia, serão visto como iguais. Não é preciso dizer que o videoclipe em questão enfrentou a resistência de muitos cristãos pelo fato da música ser dançante e a Marina dançar alegremente o tempo todo. Gente, se a Bíblia fala que o porvir é um lugar onde não haverá dor, nem choro e nem tristeza, porque então não dançar e louvar alegremente ao Senhor, principalmente quando o assunto é a vida eterna?
No ano de 1995, Marina de Oliveira lançou os CDs Momentos Vol. 1 e Vol. 2. Estes discos eram para ser um só. Entretanto, Marina gostou de todas as composições que recebeu e não queria se desfazer de nenhuma delas. Assim, um disco que a princípio seria um só, acabou se tornando dois. Estes trabalhos musicais entraram na 52ª posição dos 100 maiores álbuns da música cristã brasileira. Além destes discos, outro álbum de Marina que entrou para esta mesma lista é o Por Toda Vida (2000), que ela lançou quando integrava o extinto grupo Voices. Tal álbum está na 88ª posição.
No ano de 1997, Marina de Oliveira lançou o CD Special Edition, álbum totalmente voltado para o mercado norte-americano, sendo gravado praticamente todo em inglês. Dois anos depois, Marina lançou o CD Coração Adorador, cuja capa é a imagem que "abre" este texto. Em 2000, Marina presenteia o público com o CD Aviva, seu décimo primeiro álbum e que é considerado uma "pérola" de seu ministério. De fato, Aviva é um CD muito bom e a canção que dá título ao mesmo dispensa comentários. A canção Aviva foi muito executada nas rádios quando foi lançada e hoje é considerada uma das mais conhecidas músicas de Marina de Oliveira. Eu só acho uma pena a Marina não ter seguido nos álbuns posteriores a fórmula que deu tão certo em Aviva. Se ela tivesse feito isso, talvez hoje ela seria uma das cantoras mais populares do país.
Outro álbum de destaque de Marina de Oliveira é o Remix 17 (2003), que é um CD em comemoração aos seus 17 anos de ministério. Neste trabalho, Marina reúne seus maiores sucessos, que no CD em questão ganharam uma versão remixada. Inicialmente, tal trabalho seria lançado em 2001, quando Marina completou 15 anos de ministério, mas a presidência da MK Music (que na época se chamava MK Publicitá) barrou o projeto por considerá-lo excessivamente ousado (como se ousadia não fosse a marca da Marina) para uma cantora que ainda estava consolidando sua carreira. Um tempo depois, a gravadora que Marina faz parte lançou o CD Arrebatados, que reunia canções remixadas de vários cantores renomados da MK. O disco teve boa repercussão e a gravadora liberou Marina de Oliveira para fazer um disco remix só seu. Foi daí que veio o Remix 17.
Marina de Oliveira ficou quase cinco anos sem gravar um CD com músicas inéditas, até que em 2006 lançou o Meu Silêncio: Ministração Profética entre Amigos e Irmãos - Ao Vivo. Este disco é fruto das experiências que Marina viveu durante o período em que esteve na "caverna". Dois anos depois, Marina lança o Permitéme, seu segundo disco solo voltado para o mercado estrangeiro e que foi gravado inteiramente em espanhol. Ainda em 2008, Marina lança o CD Eu Não Vou Parar. Este CD rendeu a Marina de Oliveira uma indicação ao Grammy Latino 2009 na categoria Melhor Álbum de Música Cristã em Língua Portuguesa. Entretanto, foi só no ano seguinte que Marina ganharia nesta mesma categoria com o álbum Na Extremidade.
Na Extremidade (2010) é um CD que expressa o momento que Marina de Oliveira passava até então. Em fevereiro de 2010, Marina perde o irmão Benoni e o marido Sérgio Menezes em um acidente de ultraleve que ocorreu no bairro de Jacarepaguá (RJ). Tal tragédia foi notícia até fora do meio evangélico e abalou Marina e sua família (poucos meses depois desta fatalidade, Luiza Gerk, filha do primeiro casamento de Marina, perderia o marido em um acidente de moto). Inicialmente, o repertório de Na Extremidade foi rejeitado por Marina. Entretanto, meses após a tragédia, Marina se lembrou do CD com o repertório que havia ficado guardado em seu carro. Ela o ouviu novamente e teve a certeza de que de fato o repertório para seu então novo CD deveria ser o que ela havia rejeitado de início. Além das músicas, as fotos para o encarte do CD em questão retratam o momento que Marina vivia: nas fotos, Marina está séria e usando roupas pretas, ao contrário do que o público viu em Eu Não Vou Parar (2008), que eram fotos solares que mostravam uma Marina alegre e sorridente. Na Extremidade é o último álbum de Marina. Não entendo porque Marina de Oliveira parou de gravar, principalmente depois de ter ganhado um Grammy Latino, uma vez que o mais lógico seria ela continuar gravando.
Além de cantora, Marina de Oliveira também é compositora, empresária, artista plástica, coreógrafa, roteirista, diretora e apresentadora. Marina abriu as portas para a música gospel ao se apresentar em casas de shows como Canecão, Imperator e Metropolitan (hoje Citbank Hall) . Além disso, Marina produziu eventos como o Canta Rio, que reuniu mais de 200 mil pessoas na Quinta da Boa Vista (RJ) em 1995. Já o Canta Rio 99 reuniu mais de 120 mil pessoas na Praça da Apoteose (RJ). Marina de Oliveira assinou a direção artística do Canta Brasil 500 (21/04/2000), o Canta Rio 2002 e o Canta Zona Sul, em 2004 (eu estava lá), que reuniu mais 160 mil pessoas nas areias de Copacabana. Marina assinou também a direção artística de todos os grandes eventos do Grupo MK e os DVDs da empresa.
Marina de Oliveira é a Diretora Artística da MK Music. Isso quer dizer que os encartes dos CDs e DVDs produzidos pela gravadora tem a contribuição de Marina, que por sinal faz um excelente trabalho. É fato que às vezes Marina acaba exagerando, coisa que ela fez nos seus próprios álbuns Um Novo Cântico (2002) e Na Extremidade (2010), onde tentou fazer algo extremamente bem feito e acabou passando da conta, dando a impressão de que estava fantasiada. Entretanto, tais fatos não foram suficientes para contestar a competência de Marina de Oliveira enquanto diretora artística. Vale destacar que Marina de Oliveira é uma das poucas pessoas a ouvir os CDs dos artistas da MK Music antes de todo mundo.
Conclusão
Marina de Oliveira sabe cantar, sim. Além de cantar, Marina também cria roteiros, coreografias, organiza eventos de grande porte, compõe músicas e é apresentadora. Desta forma, se conclui que Marina de Oliveira é uma artista completa e de múltiplos talentos. Além disso, ela deixou sua contribuição para a música gospel brasileira, de modo que não tem como falar de uma sem citar a outra.
Acho que a primeira vez que ouvi falar em Marina de Oliveira foi quando fui no Canta Zona Sul, em 2004. Nesse dia, estavam vários cantores de renome como Fernanda Brum, Novo Som, Oficina G3 e o grupo Voices. Marina de Oliveira estava presente e eu vi a apresentação dela. Eu e o pessoal da igreja achamos ela "estranha". Nos anos seguintes, eu passei a acompanhar Marina de Oliveira e as músicas evangélicas que eram lançadas no momento. Eu considerava a Marina uma mulher sem talento musical e que a todo instante cortava o cabelo de um jeito diferente (se você analisar os CDs de Marina de Oliveira, bem como os vídeos dela em diferentes épocas, verá que em todos eles ela está com um cabelo diferente). Na minha visão, a única explicação que fazia ela continuar gravando CDs era o fato dela ser filha dos donos da MK Music.
Na Extremidade (2010) é o último CD de Marina de Oliveira. Imagem: Reprodução. |
A minha opinião que até então tinha a respeito de Marina de Oliveira era compartilhada por muitas pessoas. Percebia isso quando falava dela com alguns amigos cristãos, quando lia os comentários dos vídeos dela no Youtube ou quando visitava sites de humor cristão e/ou voltado para a música gospel. Minha opinião em torno de Marina foi mudando na medida que ia ouvindo suas músicas. Ouvindo seus primeiros CDs, percebi a sua bela e doce voz. Como já conhecia algumas de suas músicas atuais, percebi a diferença. Particularmente, acho que ela deveria continuar cantando no estilo de seus primeiros CDs, pois com o passar do tempo ela foi adotando estilos de música que não valorizam a sua potência vocal. Mesmo cantando bem e tendo músicas de sucesso no currículo, Marina de Oliveira nunca ganhou individualmente discos de ouro, platina ou diamante. Os que ela ganhou foram junto com grupo Voices (2 discos de ouro), a coleção Geração de Adoradores (3 discos de ouro) e a coleção Amo Você (4 discos de ouro). O fato de Marina de Oliveira nunca ter sido premiada individualmente com premiações aqui citadas não faz dela uma cantora sem talento. Há muitos cantores mundo afora de muito talento que nunca foram premiados individual ou coletivamente com discos de ouro, platina ou diamante. Indo mais além, há no mundo inúmeros cantores muito talentosos que nunca nem chegaram ao estrelato. Ao longo de seu ministério, Marina de Oliveira já foi indicada nove vezes ao extinto Troféu Talento e ganhou três vezes (em 1995, 2001 e 2003), ganhou o Troféu Achou Gospel em 2010 e foi indicada duas vezes ao Grammy Latino (em 2009 e em 2010), vencendo em 2010.
O primeiro disco de Marina de Oliveira foi Imenso Amor (1986), cujo hit foi o dançante Faça um Teste. Com este disco, Marina marcou época e, como a mesma já disse, foi ousada e pagou o preço. Quando Marina de Oliveira surgiu no cenário musical gospel, os cantores cristãos eram sóbrios no vestir e contidos em suas gesticulações. Marina chegou e rompeu com isso. Quem já viu uma apresentação de Marina de Oliveira, sabe que ela é expansiva e se movimenta o tempo todo. Além disso, foi graças a Marina, que introduziu a dança dentro da igreja, que as coreografias são comuns em muitas denominações cristãs. É importante ressaltar que quando Marina de Oliveira adentrou a cena musical gospel, nos anos 1980, este mesmo gênero estava vivendo um momento de profundas transformações. Estas transformações contaram com a ajuda de grupos como Novo Som, Oficina G3, banda Catedral e Rebanhão por exemplo. Estes grupos inovaram ao usarem instrumentos musicais até então proibidos dentro das igrejas e mudaram para sempre o jeito de fazer música gospel no Brasil.
Como já dito no parágrafo anterior, foi Marina de Oliveira quem introduziu a dança dentro da igreja. No videoclipe Procure Por Mim na Glória, colocado neste texto, ela praticamente dança do começo ao fim. Se ainda hoje o modo como Marina dança e se expressa no clipe causa espanto, imagina então como deveria ser nos anos 1980 e começo dos anos 1990. O clipe em questão tem uma pegada cômica e descontraída, onde Marina usa milhares de figurinos e perucas diferentes. À primeira vista, uma pessoa pode achar tudo sem nexo, mas o clipe e a música seguem em perfeita sintonia. Procure Por Mim na Glória é uma música que fala sobre a vida no porvir e, ao trocar de figurinos e perucas enquanto canta, Marina de Oliveira está dizendo que no céu todos, independente de cor, raça, gênero ou etnia, serão visto como iguais. Não é preciso dizer que o videoclipe em questão enfrentou a resistência de muitos cristãos pelo fato da música ser dançante e a Marina dançar alegremente o tempo todo. Gente, se a Bíblia fala que o porvir é um lugar onde não haverá dor, nem choro e nem tristeza, porque então não dançar e louvar alegremente ao Senhor, principalmente quando o assunto é a vida eterna?
No ano de 1995, Marina de Oliveira lançou os CDs Momentos Vol. 1 e Vol. 2. Estes discos eram para ser um só. Entretanto, Marina gostou de todas as composições que recebeu e não queria se desfazer de nenhuma delas. Assim, um disco que a princípio seria um só, acabou se tornando dois. Estes trabalhos musicais entraram na 52ª posição dos 100 maiores álbuns da música cristã brasileira. Além destes discos, outro álbum de Marina que entrou para esta mesma lista é o Por Toda Vida (2000), que ela lançou quando integrava o extinto grupo Voices. Tal álbum está na 88ª posição.
Aviva (2000) é o décimo primeiro álbum de Marina de Oliveira. Imagem: Reprodução. |
No ano de 1997, Marina de Oliveira lançou o CD Special Edition, álbum totalmente voltado para o mercado norte-americano, sendo gravado praticamente todo em inglês. Dois anos depois, Marina lançou o CD Coração Adorador, cuja capa é a imagem que "abre" este texto. Em 2000, Marina presenteia o público com o CD Aviva, seu décimo primeiro álbum e que é considerado uma "pérola" de seu ministério. De fato, Aviva é um CD muito bom e a canção que dá título ao mesmo dispensa comentários. A canção Aviva foi muito executada nas rádios quando foi lançada e hoje é considerada uma das mais conhecidas músicas de Marina de Oliveira. Eu só acho uma pena a Marina não ter seguido nos álbuns posteriores a fórmula que deu tão certo em Aviva. Se ela tivesse feito isso, talvez hoje ela seria uma das cantoras mais populares do país.
Outro álbum de destaque de Marina de Oliveira é o Remix 17 (2003), que é um CD em comemoração aos seus 17 anos de ministério. Neste trabalho, Marina reúne seus maiores sucessos, que no CD em questão ganharam uma versão remixada. Inicialmente, tal trabalho seria lançado em 2001, quando Marina completou 15 anos de ministério, mas a presidência da MK Music (que na época se chamava MK Publicitá) barrou o projeto por considerá-lo excessivamente ousado (como se ousadia não fosse a marca da Marina) para uma cantora que ainda estava consolidando sua carreira. Um tempo depois, a gravadora que Marina faz parte lançou o CD Arrebatados, que reunia canções remixadas de vários cantores renomados da MK. O disco teve boa repercussão e a gravadora liberou Marina de Oliveira para fazer um disco remix só seu. Foi daí que veio o Remix 17.
Marina de Oliveira ficou quase cinco anos sem gravar um CD com músicas inéditas, até que em 2006 lançou o Meu Silêncio: Ministração Profética entre Amigos e Irmãos - Ao Vivo. Este disco é fruto das experiências que Marina viveu durante o período em que esteve na "caverna". Dois anos depois, Marina lança o Permitéme, seu segundo disco solo voltado para o mercado estrangeiro e que foi gravado inteiramente em espanhol. Ainda em 2008, Marina lança o CD Eu Não Vou Parar. Este CD rendeu a Marina de Oliveira uma indicação ao Grammy Latino 2009 na categoria Melhor Álbum de Música Cristã em Língua Portuguesa. Entretanto, foi só no ano seguinte que Marina ganharia nesta mesma categoria com o álbum Na Extremidade.
Registro do momento em que Marina de Oliveira ganha o Grammy Latino na categoria Melhor Álbum de Música Cristã em Língua Portuguesa pelo CD Na Extremidade (2010). Imagem: Reprodução. |
Na Extremidade (2010) é um CD que expressa o momento que Marina de Oliveira passava até então. Em fevereiro de 2010, Marina perde o irmão Benoni e o marido Sérgio Menezes em um acidente de ultraleve que ocorreu no bairro de Jacarepaguá (RJ). Tal tragédia foi notícia até fora do meio evangélico e abalou Marina e sua família (poucos meses depois desta fatalidade, Luiza Gerk, filha do primeiro casamento de Marina, perderia o marido em um acidente de moto). Inicialmente, o repertório de Na Extremidade foi rejeitado por Marina. Entretanto, meses após a tragédia, Marina se lembrou do CD com o repertório que havia ficado guardado em seu carro. Ela o ouviu novamente e teve a certeza de que de fato o repertório para seu então novo CD deveria ser o que ela havia rejeitado de início. Além das músicas, as fotos para o encarte do CD em questão retratam o momento que Marina vivia: nas fotos, Marina está séria e usando roupas pretas, ao contrário do que o público viu em Eu Não Vou Parar (2008), que eram fotos solares que mostravam uma Marina alegre e sorridente. Na Extremidade é o último álbum de Marina. Não entendo porque Marina de Oliveira parou de gravar, principalmente depois de ter ganhado um Grammy Latino, uma vez que o mais lógico seria ela continuar gravando.
Além de cantora, Marina de Oliveira também é compositora, empresária, artista plástica, coreógrafa, roteirista, diretora e apresentadora. Marina abriu as portas para a música gospel ao se apresentar em casas de shows como Canecão, Imperator e Metropolitan (hoje Citbank Hall) . Além disso, Marina produziu eventos como o Canta Rio, que reuniu mais de 200 mil pessoas na Quinta da Boa Vista (RJ) em 1995. Já o Canta Rio 99 reuniu mais de 120 mil pessoas na Praça da Apoteose (RJ). Marina de Oliveira assinou a direção artística do Canta Brasil 500 (21/04/2000), o Canta Rio 2002 e o Canta Zona Sul, em 2004 (eu estava lá), que reuniu mais 160 mil pessoas nas areias de Copacabana. Marina assinou também a direção artística de todos os grandes eventos do Grupo MK e os DVDs da empresa.
Marina de Oliveira é a Diretora Artística da MK Music. Isso quer dizer que os encartes dos CDs e DVDs produzidos pela gravadora tem a contribuição de Marina, que por sinal faz um excelente trabalho. É fato que às vezes Marina acaba exagerando, coisa que ela fez nos seus próprios álbuns Um Novo Cântico (2002) e Na Extremidade (2010), onde tentou fazer algo extremamente bem feito e acabou passando da conta, dando a impressão de que estava fantasiada. Entretanto, tais fatos não foram suficientes para contestar a competência de Marina de Oliveira enquanto diretora artística. Vale destacar que Marina de Oliveira é uma das poucas pessoas a ouvir os CDs dos artistas da MK Music antes de todo mundo.
Conclusão
Marina de Oliveira sabe cantar, sim. Além de cantar, Marina também cria roteiros, coreografias, organiza eventos de grande porte, compõe músicas e é apresentadora. Desta forma, se conclui que Marina de Oliveira é uma artista completa e de múltiplos talentos. Além disso, ela deixou sua contribuição para a música gospel brasileira, de modo que não tem como falar de uma sem citar a outra.
Muito bom seu texto!
ResponderExcluirEu particularmente amo Marina de Oliveira, eu só consigo interpretar suas músicas.
ResponderExcluirE ELA é igual a mim, vive de mudanças kkkk.
Eu a tenho como uma ótima voz é a que alcanço tbm.
Ela é ótima.
Amo amo amo
Olá. Vc cometeu um equívoco ao mencionar que Marina não possui Discos de Ouro. Deve ter pesquisado somente por certificações pela Pró-Música (antiga ABPD). A MK Music se associou à Pró-Música só nos anos 2000. Marina tem dois Discos de Ouro na carreira pelos discos Imenso Amor e Aviva. Quanto aos discos Amo Você, os 15 primeiros discos são Disco de Ouro, sendo 7 premiados pela ABPD. Procure vídeos antigos do Programa Conexão Gospel que vc encontra essas premiações.
ResponderExcluirO anônimo esqueceu de dizer que o CD dela ao vivo de 1994 tbm é disco de ouro.
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