16/07/2012

O mito Frida Kahlo

         No último dia 13 fez-se 58 anos desde o falecimento de Magdalena Carmen Frieda Kahlo y Calderón ou simplesmente Frida Kahlo. Frida Kahlo nasceu, viveu e faleceu no México e ainda nos dias atuais ela continua sendo uma importante pintora de seu país.

Início da carreira

          Ao contrário de muitos artistas, Frida começou a pintar relativamente tarde. Embora seu pai trabalhasse na área, Frida, até então nunca demonstrou interesse pela pintura.
          Frida começou a pintar depois de um grave acidente de bonde quando voltava da escola. O bonde que estava chocou-se com um outro bonde e o pára-choque de um destes entra nas costas de Frida e sai pela sua vagina. Por conta do incidente Frida ficou muitos meses entre a vida e a morte. Uma vez passada essa fase, Frida ficou um longo tempo encamada e é nesse contexto que a pintura entra em sua vida.
          Como Frida ficava muito tempo sozinha, o interesse pela pintura nasce. Assim, seu pai põe um espelho no teto do quarto da filha e um cavalete adaptado a cama para assim a moça poder pintar sem dificuldades, aliviando assim o tédio e a solidão constantes.
          Uma das características das pinturas de Frida é que esta retratou de uma forma bem sensível a sua realidade. Ela assim fazia porque ficava muito tempo só e assim a sua pessoa era o assunto que ela mais compreendia. Uma outra característica dos trabalhos de Frida é que esta sempre mostrou nas suas telas a cultura mexicana e, além disso, ela se vestia do modo folclórico de seu país. Um fato que merece destaque aqui é que, quando ainda criança, ela contraiu poliomielite (uma série de várias problemas de saúde que perdurou por toda a sua vida). Essa mesma doença lhe deixou uma lesão em um de seus pés. Por conta de tal, Frida começou a usar calças e depois começa a usar longas saias exóticas, o que viria a se tornar mais tarde uma marca de sua característica. Entre os trabalhos de Frida se destacam Viva la Vida, As Duas Fridas, A Coluna Partida e Auto-Retrato em um Vestido de Veludo.

Vida Pessoal

          Quando Frida Kahlo e Diego Rivera se conheceram, Diego já era um importante artista de sua época (e de hoje também) e que já havia tido contato com os mais importantes pintores da época, como Pablo Picasso e Salvador Dalí. O convívio dos dois fez com que Frida adotasse em suas pinturas alguns dos traços do Diego em executar os seus trabalhos.
          Passa-se um tempo e Frida e Diego se casam, contrariando a sociedade que os cercavam. O motivo de tal fato era que Frida era muito jovem, ao passo que Diego tinha tinha mais que o dobro de sua idade. Somado a isso tinha a fama do Diego em ter várias amantes e também o padrão de beleza da época. Frida era marginha e miúda, ao passo que Diego era bem alto e bem gordo, um contraponto total. Por causa disso, eles ganharam o apelido de O Elefante e a Borboleta.
          Diego não conseguia ficar ao lado de uma mulher só e quando conheceu Frida a situação não foi diferente. Diego tinha muitas amantes e Frida não ficava atrás, envolvendo-se com homens e mulheres. Diego aceitava que Frida se envolvesse com mulheres, mas o mesmo não acontecia com relação aos homens. Além deste fato e além de terem personalidades bem fortes, a união entre os dois era bastante tempestuosa. Chegaram a se separar uma vez, mas não aguentaram ficar longe um do outro e resolveram tentar uma segunda vez, mas esta mesma segunda vez foi tão tempestuosa quanto a primeira.
          O esposo de Frida se envolveu com várias mulheres, inclusive com sua cunhada, a irmã mais nova de Frida. Eles foram amantes durante muitos anos e tiveram seis filhos. Certa feita, Frida os encontra na cama e em um ataque de raiva cortou os seus longos cabelos. Ela fez isso porque não havia conseguido atingir o amado e então resolveu atingir a si mesma e essa foi a forma que encontrou para tal. Por conta disso, Frida nunca mais perdoou a irmã. Frida também engravidou diversas vezes de Diego, mas o acidente que sofreu na adolescência e que a perfurou toda lhe deixou graves sequelas e comprometeu seriamente o seu útero, impedindo-a de levar uma gravidez até o fim. Com isso, teve vários abortos espontâneos ao longo da vida.
          Um fato que merece destaque é que a celebridade latina com maior notoriedade no momento, a ex-RBD Dulce María é parente da pintora mexicana em questão. Dulce María é sobrinha-neta de Frida Kahlo.

Morte

          Frida é encontrada morta em sua casa no dia 13 de Julho de 1954. A princípio, foi anunciado que ela foi vitimada por uma pneumonia. Porém, existe outras hipóteses para a morte de Frida e uma delas é que, com base no seu diário (onde diz que deseja partir sem voltar) e pelo fato de ter tentado o suicídio várias vezes, existe a hipótese de Frida ter se suicidado. Uma autópsia realizada no corpo de Frida faz alguns acreditarem que ela faleceu envenenada, uma vez que Diego tinha várias amantes e algumas delas certamente tinham cíumes pelo fato de Frida ser a esposa.
          Frida faleceu, mas suas obras e seu legado continuam vivos e atuantes, influenciando diversas pessoas, independentes destas serem pintoras ou não.

A Coluna Partida

          Um das obras mais famosas de Frida é o quadro A Coluna Partida, como já citado acima. Nesse quadro, é mostrada a realidade da pintora. O ferro que perpassa o corpo da moça é o ferro que perpassou Frida em um acidente que a impossibilitaria de engravidar. O colete que esta mesma moça usa é similar aos coletes que Frida usou durante toda a sua vida com a finalidade de fortalecer a sua coluna, sendo este fato um dos vários outros fatos que debilitaria a sua saúde e os objetos pontiagudos que caem sobre o corpo despido da moça são as perfurações que frida sofreu no mesmo acidente em que uma barra de ferro lhe perpassou as costas. Já os olhos lacrimejantes, porém decididos significam a vontade de viver e enfrentar a vida acima de tudo. Por fim, o deserto ao redor representa a solidão de Frida ao longo da vida, solidão essa que Frida Kahlo enfrentou com muita determinação e usou isso para transformar em arte e deixar a sua marca para sempre na cultura mexicana, transformando-a em uma mulher de fama mundial.



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